Como equilibrar o uso de telas sem prejudicar o desenvolvimento infantil
Celulares, tablets, televisores e computadores já fazem parte do cotidiano das famílias e também da infância. A tecnologia está presente em casa, nas escolas e em diversos momentos do dia. No entanto, o uso excessivo e desregulado de telas pode trazer impactos negativos importantes no desenvolvimento infantil — desde atrasos na linguagem até dificuldades de atenção e problemas emocionais. Mas será que é preciso proibir as telas? A resposta dos especialistas é: não necessariamente. O mais importante é encontrar um equilíbrio saudável, que respeite a idade da criança, ofereça conteúdos adequados e preserve os pilares fundamentais da infância, como o brincar, o sono e a interação social. Neste artigo, você vai descobrir como equilibrar o uso de telas sem prejudicar o desenvolvimento do seu filho, com dicas práticas e recomendações de profissionais da saúde e educação.
7/10/20253 min read
Por que o uso de telas preocupa?
O cérebro da criança está em formação, especialmente nos primeiros anos de vida. É nesse período que ocorrem milhões de conexões neurais que impactam diretamente habilidades como fala, cognição, empatia, coordenação motora e inteligência emocional.
O problema não é a tecnologia em si, mas o excesso de tempo de tela e o tipo de conteúdo consumido. Quando as telas ocupam o tempo que seria destinado a brincar, se movimentar, conversar, explorar e dormir, o desenvolvimento infantil pode ser comprometido.
Além disso, estudos mostram que crianças que usam telas em excesso têm mais chances de apresentar:
Atrasos na linguagem
Problemas de sono
Irritabilidade e impulsividade
Sedentarismo
Dificuldades de socialização e atenção
O que dizem os especialistas sobre tempo de tela?
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam limites claros para o tempo de tela:
Até 2 anos: nada de telas (exceto videochamadas com supervisão)
De 2 a 5 anos: no máximo 1 hora por dia, com conteúdo adequado e supervisão ativa
De 6 a 10 anos: até 2 horas por dia, com regras claras e balanceamento com outras atividades
Essas diretrizes são um ponto de partida para os pais e responsáveis estabelecerem rotinas mais equilibradas, respeitando as necessidades reais da infância.
Como equilibrar o uso de telas na rotina da criança?
1. Crie uma rotina com hora para tudo — inclusive para as telas
Estabelecer horários específicos para o uso de dispositivos ajuda a criança a entender que a tela é apenas uma parte do dia, e não o tempo todo. Defina momentos do dia para estudar, brincar ao ar livre, fazer atividades manuais e, dentro desse equilíbrio, encaixe o tempo de tela com moderação.
2. Ofereça alternativas reais e interessantes
Muitas vezes, a tela se torna o passatempo preferido porque é a única opção disponível. Mas quando os pais oferecem livros, brinquedos criativos, massinha, blocos de montar, pinturas ou jogos de tabuleiro, as crianças descobrem que o mundo real também é divertido e desafiador.
3. Participe do momento digital da criança
Sempre que possível, assista junto, converse sobre o conteúdo, faça perguntas e interaja. Isso transforma o uso da tela em um momento de vínculo e aprendizado — e não em uma experiência solitária ou alienante.
4. Evite telas em momentos críticos do dia
Especialistas recomendam que as telas não sejam usadas durante as refeições, nem na hora de dormir. A exposição à luz azul antes do sono, por exemplo, atrasa a produção de melatonina e prejudica a qualidade do descanso.
5. Prefira conteúdos de qualidade
Escolha vídeos, aplicativos e jogos com linguagem adequada à idade, ritmo mais lento e foco educativo ou interativo. Evite conteúdos com excesso de estímulos visuais, sons estridentes ou linguagem agressiva.
Existem plataformas com curadoria de conteúdos voltados ao desenvolvimento infantil, que priorizam valores como cooperação, empatia e criatividade.
6. Evite usar a tela como calmante emocional
Quando a criança está entediada, chorando ou frustrada, evite oferecer a tela como solução imediata. Isso pode criar um padrão de dependência emocional, dificultando que a criança aprenda a lidar com suas emoções de forma saudável.
7. Seja exemplo: reduza também seu tempo de tela
As crianças aprendem muito mais pelo exemplo do que pelas palavras. Se os adultos estão sempre no celular, o uso excessivo se normaliza. Por isso, estabeleça também limites para o seu próprio uso e dedique tempo de qualidade à interação com seu filho.
Conclusão: mais conexão real, menos tempo excessivo de tela
Encontrar um equilíbrio saudável no uso de telas durante a infância não significa banir a tecnologia, mas sim usá-la de forma consciente e responsável. O foco deve ser sempre o bem-estar da criança, respeitando suas fases de desenvolvimento e promovendo experiências ricas dentro e fora das telas.
Mais do que limitar, é preciso orientar, acompanhar e oferecer um mundo real cheio de afeto, brincadeira e conexão.
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