7 fatos sobre crianças e exposição às telas
O uso de telas na infância é um dos temas mais debatidos atualmente entre pais, cuidadores e especialistas em desenvolvimento infantil. Com a presença cada vez maior de celulares, tablets, computadores e televisores no dia a dia das famílias, surge a dúvida: qual o real impacto das telas no desenvolvimento das crianças? Neste artigo, reunimos 7 fatos essenciais sobre crianças e exposição às telas, com base nas recomendações de pediatras, psicólogos e educadores. Entenda os riscos, os limites saudáveis e como equilibrar tecnologia e infância de forma consciente.
7/10/20253 min read
1. Bebês de até 2 anos não devem ter contato com telas
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que crianças menores de 2 anos não sejam expostas a telas, nem mesmo como fundo (TV ligada enquanto a criança brinca, por exemplo). Isso porque, nessa fase, o cérebro está em intenso desenvolvimento, e as interações humanas — como conversas, brincadeiras e contato visual — são fundamentais para o crescimento cognitivo e emocional.
Dica: Substitua o tempo de tela por brincadeiras sensoriais, música e leitura de livros.
2. O tempo de tela recomendado varia conforme a idade
Especialistas recomendam limites claros para o uso de telas na infância:
0 a 2 anos: nenhum tempo de tela (exceto videochamadas com supervisão)
2 a 5 anos: no máximo 1 hora por dia, sempre com acompanhamento
6 a 10 anos: até 2 horas por dia, com conteúdo de qualidade e regras claras
Esses limites ajudam a proteger o desenvolvimento físico, emocional e social das crianças.
3. Excesso de telas pode afetar o sono infantil
Um dos efeitos mais comuns do uso excessivo de telas é a alteração do sono. A luz azul emitida pelos dispositivos pode inibir a produção de melatonina, dificultando que a criança adormeça e prejudicando a qualidade do sono.
Além disso, o estímulo constante (sons, cores, movimento) deixa o cérebro em estado de alerta, dificultando o relaxamento.
Recomendações de especialistas: evite telas por pelo menos 1 hora antes de dormir e estabeleça uma rotina de sono com atividades tranquilas.
4. Telas em excesso podem atrasar a fala e a socialização
Crianças que passam muito tempo em frente às telas tendem a interagir menos com o mundo ao seu redor. Isso pode levar a atrasos no desenvolvimento da linguagem e dificuldade em desenvolver habilidades sociais, como fazer amigos, compartilhar e resolver conflitos.
A fala e o vínculo social se desenvolvem por meio da interação com pessoas reais — e não com personagens de desenhos ou vídeos.
5. Telas não substituem o brincar
O brincar livre é essencial para o desenvolvimento da criança. É por meio da brincadeira que ela aprende a resolver problemas, expressar emoções, exercitar a criatividade e desenvolver coordenação motora.
O uso exagerado de telas muitas vezes reduz o tempo de brincadeiras ativas, especialmente ao ar livre, o que pode impactar negativamente a saúde física e mental.
6. Acompanhamento adulto é essencial durante o uso de telas
Mais importante do que apenas limitar o tempo de tela é participar ativamente do momento em que a criança está conectada. Assistir juntos a um vídeo, comentar sobre o conteúdo, fazer perguntas e relacionar o que foi visto com a realidade ajuda a transformar o uso da tela em uma experiência mais rica e educativa.
Evite deixar a criança sozinha com o celular ou tablet por longos períodos, especialmente se ela for pequena.
7. Nem todo conteúdo digital é ruim — qualidade importa
Nem todas as telas são vilãs. Existem aplicativos, vídeos e jogos educativos e interativos, que, se usados com moderação e orientação, podem até apoiar o desenvolvimento infantil.
O problema está na quantidade, na ausência de supervisão e no conteúdo inadequado à idade da criança.
Palavra-chave dos especialistas: equilíbrio. O ideal é que a tecnologia seja usada como ferramenta complementar, e não como principal forma de entretenimento ou distração.
Conclusão: mais presença, menos tela
A infância é um período precioso de descobertas, e nada substitui a conexão real entre adultos e crianças. Embora a tecnologia faça parte do nosso cotidiano, é essencial oferecer experiências fora das telas: brincar, correr, conversar, explorar o mundo com os cinco sentidos.
Ao seguir as recomendações dos especialistas, é possível usar a tecnologia de forma consciente e garantir que ela não atrapalhe o desenvolvimento saudável das crianças.
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